A missão do LABFADAC é contribuir, de maneira significativa, com avanços no conhecimento da integridade, durabilidade e confiabilidade de materiais adotados na fabricação de componentes mecânicos, estruturais e biomédicos, processados por rotas usuais ou por manufatura aditiva. No laboratório, são desenvolvidas pesquisas de ponta que estabelecem a vida-fadiga de materiais submetidos a longos ou ultralongos (10 – 10¹² ciclos) regimes de carregamentos cíclicos.
O LABFADAC foi criado em 2019 pelo projeto Saúde Estrutural de Virabrequins de Indústrias Termoelétricas, dentro do escopo de projeto de P&D da ANEEL e desenvolvido em parceria entre a Eneva e PUC-Rio. O projeto teve como objetivos assistir parques termoelétricos na avaliação da vida em fadiga de seus equipamentos, com ênfase em eixos virabrequins, e contribuir para que empresas do setor elétrico reduzam o risco financeiro associado com falhas catastróficas e paradas extemporâneas de produção.
Equipado com equipamento Shimadzu de tecnologia ultrassônica, pioneiro na América Latina, o LABFADAC realiza ensaios de fadiga de altíssimo ciclo em ligas metálicas. Além disto, inovações nas metodologias de ensaio também permitem teste de materiais poliméricos e compósitos. O uso de tecnologia ultrassônica reduz consideravelmente o tempo do teste; ensaios até 10¹ ciclos de carregamento demandam 6 dias, enquanto demandariam 3 anos se realizados com frequência convencional.
Diferentes demandas são atendidas pelo LABFADAC, que compreendem de ensaios de fadiga de longa duração para vários setores da indústria nacional (siderúrgicos, automotivos, construção civil e energia) até caracterização da vida-fadiga de materiais em projetos de iniciação científica, trabalhos de conclusão de cursos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Dentre as diversas pesquisas em andamento, um foco atual incide nas correlações entre processos de manufatura aditiva e resistência à fadiga de ligas metálicas ferrosas e não ferrosas, após giga ciclos de carregamento.